Catedral, igreja-mãe da Diocese completa 25 anos

Na quinta-feira, 29 de junho, Dom Luiz Antônio Guedes, bispo diocesano, presidiu a missa na Catedral Sagrada Família em ação de graças pelo 25º aniversário de dedicação do templo.
Em toda a diocese, a data é comemorada liturgicamente como festa, enquanto na própria Catedral é celebrada como solenidade. A igreja-mãe da Diocese de Campo Limpo é um marco no bairro, em tamanho e beleza.
A Catedral foi projetada, para os padrões da época, no estilo moderno e até hoje é bastante visitada por estudantes de arquitetura que, além da beleza, se encantam com o sistema de ventilação e luz natural.
A catedral diocesana foi um sonho compartilhado por muitos com o primeiro bispo diocesano, Dom Emílio Pignoli: “Os espaços que tínhamos naquela época não comportavam um grande número de fiéis, ainda naquela ocasião [1990] a nossa diocese, ainda nova, necessitava de um marco de união, então era preciso sonhar com uma grande catedral, com uma casa-mãe”, lembra o bispo emérito.
Sonho real
E o sonho começou a tomar forma em 27 de outubro de 1991, quando foi feito o lançamento da Pedra Fundamental. Na época, a prefeita Luiza Erundina, presente na cerimônia, destacou a importância desta construção para a população local e todos os fiéis católicos desta diocese.
Na missa em comemoração do Jubileu de Prata, a homilia conduzida pelo vigário da Catedral a pedido de Dom Luiz, padre Rodrigo Antonio da Silva, destacou a rapidez com que este projeto tão grandioso ganhou corpo. De fato, do lançamento da Pedra Fundamental, passaram-se apenas seis anos e oito meses até a missa da dedicação, em 29 de junho de 1997.
Mas como um projeto tão grandioso e caro foi possível, já que a diocese era recém-criada? A resposta veio também na homilia assertiva do padre Rodrigo: “Depois de escolhida a empresa responsável pelo projeto, era precisa angariar recursos, e não são poucas as histórias relatadas sobre eventos e até mesmo um rodeio foi organizado no terreno ainda sem fundação, além claro, de pedidos de dinheiro feito aos empresários de diversos ramos”.
Um dia, segundo relato do próprio Dom Emílio, parado em frente ao terreno e já tendo tido início às obras, foi perguntado: “De onde sairiam os recursos para dar andamento?”. “Coloquei a mão no bolso e de lá saiu uma moedinha de cinco centavos, pedi a Nossa Senhora Auxiliadora, imagem que estava presente na obra, que nos ajudasse e coloquei a moedinha embaixo dela, conseguimos nos meses seguintes o dinheiro para a parte mais cara da obra, as vigas”.
A Catedral foi erguida, dedicada e com os anos algumas reformas foram feitas, embora jovem, conserva em seu interior e na memória de muitos, acontecimentos marcantes, visitas importantes e momentos de grandes decisões como as apresentações dos planos pastorais diocesanos. A casa-mãe é onde existem muitos esforços de muitos na edificação, mas também no que tange à evangelização.
Gratidão e reconhecimento
Impossível não citar a valiosa participação da senhora Maria de Lourdes Menezes Sampaio, que faleceu um dia antes da celebração dos 25 anos aos 93 anos e que foi a responsável por uma parte significativa das arrecadações, quer seja nos pedidos feitos, quer seja com os eventos, como jantares, promovidos para este fim.
Igreja-mãe também do Campo Limpo católico
Em meio à agitação e o corre-corre do bairro conhecido como ‘Ceará de São Paulo’, a Igreja Mãe da Diocese de Campo Limpo é, sobretudo, um ponto de referência para a fé das muitas famílias católicas do bairro. Campo Limpo tem uma história interessante. Por volta da década de 1910, a área era um grande descampado utilizado pelos treinadores de cavalos do Jóquei Clube de São Paulo. O campo era tão limpo que acabou dando o nome ao distrito e ao bairro. O crescimento veio rápido e sua criação oficial aconteceu em 1973, a partir de uma subdivisão de Santo Amaro.