No calendário oficial da Igreja, a festa de Santa Suzana é no dia 11 de agosto, mês dedicado às vocações. Na paróquia que leva o seu nome, na forania Morumbi, a virgem cristã que se entregou ao martírio no terceiro século, é homenageada durante todo o mês. Com zelo e amor, a comunidade prepara as festividades, que é coroada pela solenidade presidida pelo pároco, padre Manoel Corrêa Viana Neto.
Providencialmente celebrada no quarto domingo de agosto, a solenidade de Santa Suzana uniu-se à Igreja, rezando pelas vocações dos leigos e leigas e teve ainda a investidura de quatro acólitos e uma homenagem aos catequistas.
Antecedendo a solenidade, as pastorais e movimentos da paróquia participaram do tríduo em honra de Santa Suzana. Na quinta-feira, primeiro dia do tríduo, a missa foi presidida pelo padre José Bortolini, vigário da paróquia.
O segundo dia do tríduo contou com a ilustre presença do Bispo Emérito Dom Luiz Antônio Guedes que presidiu a celebração.
No sábado, encerrando o tríduo, Frei Guilherme Anselmo Jr., também vigário paroquial, presidiu a missa, com a participação das crianças e famílias da catequese para primeira Eucaristia. Após a celebração, os catequizandos apresentaram o hino em homenagem à Santa Suzana, na abertura da quermesse.
Confraternização e colaboração
A Paróquia de Santa Suzana realizou mais uma edição da quermesse da padroeira, um momento de confraternização entre os paroquianos, que teve a renda revertida em prol das obras do complexo paroquial.
O espaço do estacionamento foi cuidadosamente preparado e decorado para a festa que, se estendeu por quase dez horas e recebeu centenas de visitantes. Com barracas típicas, jogos, brincadeiras e muitos prêmios, a quermesse foi realizada graças à dedicação da organização, que contou com trabalho voluntário de dezenas de pessoas.
Hino
Há sete anos, Santa Suzana ganhou um hino que exalta sua história, martírio e exemplo de amor a Deus e seguimento a Jesus.
Composto de seis estrofes com refrão intercalado, o hino a Santa Suzana foi escrito em junho de 2016 pelo padre José Bortolini. A letra recebeu melodia da saudosa Ir. Míria T. Kolling, falecida em 2017.
O hino aviva a memória, “impedindo que se perca num passado distante”, como explica seu autor, que há 13 anos dedica-se a essa comunidade paroquial.
Virgem e mártir
De família nobre e aparentada com o imperador Diocleciano, Suzana era filha do presbítero Gabinio, irmão do Bispo Caio, que depois se tornou Papa (283-296). Seus tios Cláudio e Máximo eram funcionários imperiais.
A jovem, culta e bela Suzana consagrou-se a Deus, oferecendo-lhe a sua virgindade. Por isso, recusou a proposta de Diocleciano de casar com seu filho adotivo, Gaio Galério Valério Maximiano.
O exemplo de Suzana converteu seus tios e enfureceu Dioclesiano, que mandou prende-la juntamente com seus familiares.
Interrogados, confirmaram serem cristãos e foram condenados a morte. Cláudio e Máximo foram queimados vivos; Gabinio foi torturado e Suzana decapitada em sua casa, em 11 de agosto de 294.
A esposa do imperador Diocleciano, Serena, que também era cristã, organizou o enterro e conservou seu sangue como relíquia.
O Papa Caio, que morava perto da casa de Gabinio, na manhã do dia seguinte, celebrou missa no lugar do martírio de Suzana e estabeleceu que a santa fosse recordada e venerada em sua própria casa.
Desta forma, começou a crescer o culto a Santa Suzana, e naquele local foi construída uma igreja. Em 590, o Papa São Gregório, nomeou a igreja em sua honra de Santa Suzana.
