Jubileu Região Episcopal 3: Seguir Jesus requer consistência e continuidade
No sábado, 6 de setembro, a Região Episcopal 3 da Diocese de Campo Limpo, composta pelas foranias M’Boi Mirim e Mirim Guaçu, celebrou o seu Jubileu da Esperança. A peregrinação reuniu centenas de fiéis, que, atendendo ao chamado da Igreja, caminharam até a Catedral Sagrada Família, única Igreja Jubilar da Diocese, para celebrar a fé e receber as indulgências próprias do Ano Santo.
A caminhada penitencial começou na Cáritas Campo Limpo, conduzida por sacerdotes, diáconos e fiéis das 26 paróquias da região. Salmos e a Ladainha de Todos os Santos marcaram o percurso, que recordou o itinerário espiritual proposto pelo jubileu: conversão, penitência e esperança. Na chegada, Dom Valdir José de Castro, ssp, acolheu a todos, abençoou a água da fonte batismal e aspergiu os presentes, sublinhando o sentido de purificação que o Ano Santo traz à vida cristã.

A homilia: três condições para seguir Jesus
Em sua homilia, Dom Valdir refletiu sobre o Evangelho proclamado, em que Jesus se dirige a uma multidão e apresenta três condições para o discipulado: desapego, cruz e renúncia.
“Jesus não pede para abandonar a família, mas para não se apegar de forma a impedir o seguimento. O apego pode nos afastar até da missa ou de uma pastoral”, explicou o bispo.
O segundo chamado, disse Dom Valdir, é carregar a cruz. “O perdão pode ser cruz. A prática da justiça pode ser cruz. A unidade pode ser cruz, porque não é fácil mantê-la na família ou na comunidade. Unidade não é uniformidade: é respeitar as diferenças e permanecer juntos. Esse esforço, quando unido à cruz de Cristo, aponta para a porta da esperança, da ressurreição.”
Por fim, recordou a necessidade da renúncia: “Não é não ter coisas, mas não se apegar a elas. O desapego liberta e nos faz caminhar com mais leveza no seguimento de Jesus.”
Dom Valdir concluiu convidando os fiéis a discernirem suas escolhas à luz da vida, morte e ressurreição de Cristo, para que a esperança seja força que sustenta a caminhada cristã.
Unidade e missão
Antes da bênção final, monsenhor Luís Carlos Parede, vigário episcopal da Região 3, agradeceu a proximidade de Dom Valdir e destacou o compromisso com a comunhão entre os presbíteros: “Procuramos preservar ao máximo a unidade entre o clero da região, como sinal da missão da Igreja.”
O Jubileu da Região Episcopal 3 foi o décimo quinto realizado neste Ano Santo. Ao todo, a Diocese de Campo Limpo prevê a celebração de 21 jubileus temáticos, entre eles os das quatro regiões episcopais, sempre com o objetivo de reacender nos corações dos fiéis a virtude da esperança cristã.
