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Mudei de endereço, o que eu faço agora?

Dia desses me deparei com um artigo de um padre conhecido de outra diocese, que respondia a uma antiga paroquiana, que por motivos financeiros, precisou mudar de cidade e conseqüentemente também da sua paróquia e que estava encontrando dificuldades para se adaptar a uma nova comunidade.  Imediatamente me veio à lembrança diversas situações envolvendo católicos também da nossa diocese de Campo Limpo.

Infelizmente, por motivos financeiros e outros mais é muito comum precisar mudar de casa, bairro, cidade e até mesmo de país.  Amizades que foram sendo construídas por anos de convivência sofrem com um  distanciamento repentino. Com o passar do tempo, nossos vizinhos mais próximos vão se tornando quase que um parente, são relações fortes, que criaram raízes ao longo dos anos e que agora sofrem as conseqüências de uma mudança. A caminhada na Igreja, lugar onde somos alimentados em nossa fé, a intimidade, a amizade com o sacerdote e os demais membros da comunidade também são abalados. Surgem os desencontros e distanciamentos... O que fazer?

Em primeiro lugar é preciso ter claro que cada um de nós, pelo Sacramento do Batismo, somos a Igreja viva de Cristo. Não importa onde estejamos a Igreja sempre estará conosco. Ela é cada um de nós. “Ide por todo o mundo e anuncie o evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Portanto, em qualquer lugar onde você estiver morando, você é um sinal visível da Igreja de Jesus Cristo.

Assim que você se instalar em seu novo endereço, procure localizar a paróquia ou comunidade católica mais próxima de sua nova residência. Comece participando das missas. Chegue sempre um pouco mais cedo nas celebrações, contemple Jesus no Sacrário, é a Ele que primeiro você deve se apresentar. Apresente-se às pessoas e se coloque a disposição para ajudar no que falta fazer. Lembrem-se, quem realmente quer ajudar não escolhe o que fazer.

Assim que tiver oportunidade apresente-se ao pároco ou coordenador da comunidade. Diga de onde você veio e conte o que você fazia em sua outra comunidade.  Coloque-se a disposição para fazer o que for preciso e não deseje fazer as mesmas coisas que você fazia anteriormente.  Essas mudanças são sempre uma grande oportunidade para aprendermos a fazer coisas novas e diferentes. Jamais chegue “mandando ou fazendo comparações”.

Existem muitas carências  nas nossas comunidades. Os padres sempre têm dificuldades para encontrar pessoas que queiram fazer trabalhos simples.  Há uma grande falta de pessoas para rezar, ficar diante do sacrário para adorar o Cristo.  Visite os doentes e idosos que em sua maioria, ficam muito tempo sozinhos. Emprestar o ouvido para essas pessoas é algo muito enriquecedor.  Fazer visitas missionárias, visitar as famílias que desejam batizar seus filhos e famílias carentes. Há uma infinidade de trabalhos pastorais. Apenas se dê oportunidade e tenha humildade para ir construindo e conquistando seu espaço nesta nova família. Tudo, no tempo oportuno, se acomodará e você voltará a ser aquela pessoa engajada e envolvida nas atividades da sua nova comunidade. Não esqueça que em  sua antiga comunidade também ficou um grande vazio, por isso não deixe de visitá-los.

Somos igreja onde quer que estejamos não desista nunca de continuar sua caminhada como Cristão, seja na sua casa, rua, escola, empresa. Há muitas pessoas que ainda não conhecem o Evangelho de Jesus Cristo e nunca tiveram contato com ele, não têm a Bíblia para ler. Elas não têm outro Evangelho a não ser a nossa própria vida como testemunho que Cristo ainda continua agindo no meio da humanidade.

Pe. Marcos J. Patrício é Coordenador Geral de Pastoral na Diocese de Campo Limpo

 |  Pe. Marcos J. Patrício  |  Diocese

Dia desses me deparei com um artigo de um padre conhecido de outra diocese, que respondia a uma antiga paroquiana, que por motivos financeiros, precisou mudar de cidade e conseqüentemente também da sua paróquia e que estava encontrando dificuldades para se adaptar a uma nova comunidade.  Imediatamente me veio à lembrança diversas situações envolvendo católicos também da nossa diocese de Campo Limpo.

Infelizmente, por motivos financeiros e outros mais é muito comum precisar mudar de casa, bairro, cidade e até mesmo de país.  Amizades que foram sendo construídas por anos de convivência sofrem com um  distanciamento repentino. Com o passar do tempo, nossos vizinhos mais próximos vão se tornando quase que um parente, são relações fortes, que criaram raízes ao longo dos anos e que agora sofrem as conseqüências de uma mudança. A caminhada na Igreja, lugar onde somos alimentados em nossa fé, a intimidade, a amizade com o sacerdote e os demais membros da comunidade também são abalados. Surgem os desencontros e distanciamentos... O que fazer?

Em primeiro lugar é preciso ter claro que cada um de nós, pelo Sacramento do Batismo, somos a Igreja viva de Cristo. Não importa onde estejamos a Igreja sempre estará conosco. Ela é cada um de nós. “Ide por todo o mundo e anuncie o evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Portanto, em qualquer lugar onde você estiver morando, você é um sinal visível da Igreja de Jesus Cristo.

Assim que você se instalar em seu novo endereço, procure localizar a paróquia ou comunidade católica mais próxima de sua nova residência. Comece participando das missas. Chegue sempre um pouco mais cedo nas celebrações, contemple Jesus no Sacrário, é a Ele que primeiro você deve se apresentar. Apresente-se às pessoas e se coloque a disposição para ajudar no que falta fazer. Lembrem-se, quem realmente quer ajudar não escolhe o que fazer.

Assim que tiver oportunidade apresente-se ao pároco ou coordenador da comunidade. Diga de onde você veio e conte o que você fazia em sua outra comunidade.  Coloque-se a disposição para fazer o que for preciso e não deseje fazer as mesmas coisas que você fazia anteriormente.  Essas mudanças são sempre uma grande oportunidade para aprendermos a fazer coisas novas e diferentes. Jamais chegue “mandando ou fazendo comparações”.

Existem muitas carências  nas nossas comunidades. Os padres sempre têm dificuldades para encontrar pessoas que queiram fazer trabalhos simples.  Há uma grande falta de pessoas para rezar, ficar diante do sacrário para adorar o Cristo.  Visite os doentes e idosos que em sua maioria, ficam muito tempo sozinhos. Emprestar o ouvido para essas pessoas é algo muito enriquecedor.  Fazer visitas missionárias, visitar as famílias que desejam batizar seus filhos e famílias carentes. Há uma infinidade de trabalhos pastorais. Apenas se dê oportunidade e tenha humildade para ir construindo e conquistando seu espaço nesta nova família. Tudo, no tempo oportuno, se acomodará e você voltará a ser aquela pessoa engajada e envolvida nas atividades da sua nova comunidade. Não esqueça que em  sua antiga comunidade também ficou um grande vazio, por isso não deixe de visitá-los.

Somos igreja onde quer que estejamos não desista nunca de continuar sua caminhada como Cristão, seja na sua casa, rua, escola, empresa. Há muitas pessoas que ainda não conhecem o Evangelho de Jesus Cristo e nunca tiveram contato com ele, não têm a Bíblia para ler. Elas não têm outro Evangelho a não ser a nossa própria vida como testemunho que Cristo ainda continua agindo no meio da humanidade.

Pe. Marcos J. Patrício é Coordenador Geral de Pastoral na Diocese de Campo Limpo