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Aula Inaugural

Aula inaugural marca início dos trabalhos no IDTEO e na Escola de Catequese em 2023

Dom Valdir José de Castro ministrou a aula inaugural do ano letivo de 2023 do Instituto de Teologia Diocesano e da Escola Catequética com a presença maciça dos alunos.
 |  Andrea Rodrigues  |  Diocese

O Instituto Diocesano de Teologia (IDTEO) e a Coordenação Diocesana da Catequese promoveram, na quarta-feira (22), uma aula inaugural do ano letivo de 2023 com Dom Valdir José de Castro, bispo diocesano.

Participaram do evento, 230 alunos além do coordenador de pastoral, padre Marcos Joaquim Patrício, o diretor do IDTEO, padre Ezaques da Silva Tavares, o Coordenador da Catequese Diocesana Cleber Rafael Gois e outros membros e mais alguns professores.

Dom Valdir, falou ao grande público sobre sinodalidade, conversão e comunicação, diretrizes que ele tem apontado como pontos centrais em seu governo pastoral e que “formam as condições para caminharmos juntos como “discípulos (as) e missionários (as)” de Jesus, Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida”.

Nos primeiros minutos de sua aula, fez um apanhado geral sobre o sínodo enquanto processo de participação de todos os batizados que, em comunhão, oferecem seus dons para a comunidade a fim de construírem juntos a identidade eclesial para a missão de ser testemunhas do amor de Deus.

E perguntando a platéia atenta sobre a finalidade de caminhar juntos, usou um trecho da exortação apostólica Evangelii nuntiandi,14, para explicar que a sinodalidade está orientada essencialmente para a missão, e a missão da Igreja é evangelizar. “De fato, evangelizar é a graça e a vocação própria da Igreja, a sua identidade mais profunda”.

Didático, por inúmeras vezes interagiu com os participantes e de forma leve questionou sobre como ‘estamos nos comunicando’: “O que é necessário para favorecer uma comunicação que nos ajude a caminhar juntos?”, sem perder tempo respondeu que para se comunicar, é preciso haver escuta e diálogo: “Num caminho sinodal fecundo prevalece à atitude de escuta do outro, considerando que este “outro” não é apenas aquele com o qual simpatizo mais ou que pensa exatamente como eu. Da escuta nasce o diálogo que é, justamente, o processo que põe em movimento um caminho de aproximação e que procura unir o que está dividido ou, em outros casos, reforçar os laços positivos já presentes nas relações”.

Além da escuta e do diálogo destacou a importância do discernimento dentro da comunicação: “É preciso ter o discernimento de, estando em um grupo, saber à hora de falar e de escutar, não monopolizar o momento”, e usou outra exortação apostólica para exemplificar: “O discernimento orante exige partir da predisposição para escutar: o Senhor, os outros, a própria realidade que não cessa de nos interpelar de novas maneiras.” (Gaudet et Exsultate, 172)

Antes de finalizar a aula deixou claro que a conversão só é possível através da humildade, do amor e do perdão e que a eficácia do processo depende de  cada um: “Ser sinodal  é estar aberto à comunhão e à participação, o que exige constante conversão. Na verdade, ser sinodal significa vencer o medo de abrir as “portas” dentro de nós mesmos, confiando que o Espírito Santo nos guiará. A eficácia desse processo depende em grande parte da boa vontade de cada pessoa em tomar a sério esse modo de ser Igreja”.

Dom Valdir ainda abriu para perguntas e a interação só não se prolongou mais pelo horário já avançado. Ao se despedir, Dom Valdir agradeceu a presença de todos e dos organizadores.


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