Há um ano, com surpresa e um misto de receio, aceitei a missão de coordenar a vida pastoral em nossa Diocese de Campo Limpo. O fato de ter sido indicado pelos meus irmãos no presbitério trouxe confiança, e, com o apoio de nosso bispo, Dom Valdir, do clero e de leigos e leigas, iniciei essa caminhada.
Sob orientação de Dom Valdir, nosso primeiro passo foi revisar a Organização Pastoral da Diocese, à luz do Guia Diocesano de Pastoral. Não buscamos reinventar, mas oferecer um formato que facilitasse a compreensão e a prática pastoral em nossa realidade. O resultado foi um Organograma Pastoral Diocesano, elaborado com ampla participação dos Conselhos e Organismos diocesanos, compostos por clérigos e leigos.
A Palavra e a Eucaristia como Centro
Desde o início, decidimos que nosso organograma deveria refletir a centralidade do Evangelho e da Eucaristia, os alimentos que sustentam nossa fé. Essa perspectiva norteou a organização das Áreas Pastorais, estruturadas a partir da pergunta: "O que acontece no campo da Pastoral em nossas comunidades paroquiais?"
Após estudo e reflexão, consolidamos sete Áreas Pastorais: Bíblico-Catequética, Familiar, Juventude, Litúrgica, Missionária, Socio-Transformadora e Comunicação. Compreendemos que todas as 112 paróquias da Diocese, em maior ou menor proporção, possuem atividades ligadas a essas áreas. Por isso, nosso empenho deve se concentrar na criação e consolidação dessas frentes em todas as comunidades.
Assessorias Diocesanas e Outras Dimensões
Além das Áreas Pastorais, identificamos a necessidade de três Assessorias Diocesanas: Ministérios Ordenados e Vida Religiosa, Associações e Movimentos, e Novas Comunidades. Essas assessorias desempenham um papel de apoio e acompanhamento, especialmente para grupos com características mais específicas e que nem sempre estão presentes em todas as paróquias.
Outros elementos incluídos no organograma foram os Conselhos Diocesanos, os Organismos Diocesanos – como o Instituto de Teologia (IDTEO) e o Conselho Nacional de Leigos (CNLB) – e pastorais de atuação diocesana, como Fé e Política, Ecologia Integral, Pastoral Carcerária, entre outras.
Construção Sinodal
Cada etapa desse processo foi submetida à apreciação e aprovação de nossos Conselhos Diocesanos, Vicariatos e Foranias. Essa construção sinodal, pautada pelos princípios de comunhão, participação e missão envolveu visitas, reuniões e diálogos com as comunidades ao longo do ano.
Também incentivamos as foranias a se organizarem de acordo com o organograma, escolhendo representantes para as Áreas Pastorais, fortalecendo a coordenação e a atuação local. Além disso, preparamos subsídios espirituais, como a Oração Mensal em preparação ao Jubileu e a Novena de Natal, ambas focadas no tema do Jubileu da Esperança.
Perspectivas para 2025
Encerramos o ano com o organograma aprovado para um período experimental de um ano, com avaliação prevista para junho/julho de 2025. Enquanto isso, seguimos atentos às conclusões do Sínodo sobre a Sinodalidade e às novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, que orientarão nosso próximo Plano Diocesano de Pastoral.
Preparamo-nos também para vivenciar o Ano Jubilar de 2025, um marco de esperança para nossa diocese. Agradecemos a Deus, a Dom Valdir, ao clero, aos leigos e leigas, ao Setor Pastoral e a todos que, com dedicação e generosidade, contribuíram para que tudo se realizasse.
Que Deus continue abençoando nossa Diocese e todos os que se empenham na construção do Reino de Deus em nossas comunidades! Que 2025 seja um ano de frutos ainda mais abundantes!
Pe. Ezaques Tavares
Coordenador Diocesano de Pastoral
