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25 anos

Carmelitas Mensageiras celebram 25 anos do Lar Jesus Maria José

Vinte cinco anos depois e com algumas alterações de endereço, o Lar continua sendo um refúgio seguro para 140 meninos e meninas em busca de calor humano e compaixão.
 |  Andrea Rodrigues  |  Diocese

O Instituto das Irmãs Carmelitas Mensageiras do Espírito Santo celebrou, no domingo, 05, na Paróquia São Pedro Fourier, da Forania Campo Limpo, os 25 anos do Lar Jesus Maria José, um Núcleo Sócioeducativo - CCA (Centro da Criança e do Adolescente).

Dom Valdir José de Castro, ssp, bispo diocesano, presidiu a celebração ao lado do pároco, padre Claudionor de Melo Leite, e do padre Élcio da Silva Barros, que acompanhou por muitos anos o Instituto e o Lar quando esteve à frente dos trabalhos evangelizadores e pastorais da Paróquia São Pedro Fourier por 19 anos, o Lar fica no território da paróquia.

Em sua homilia, dom Valdir falou sobre o amor como a identidade do cristão: “O Evangelho nos leva a refletir sobre o amor 'Assim como meu Pai me amou, eu também vos amei'. Jesus nos ama com o mesmo amor que o Pai o ama, e esse amor é imenso. É importante questionarmos: Sentimos o amor de Jesus por nós? Até que ponto nos sentimos unidos a Ele nesse amor? Permanecer em Jesus é permanecer no amor, assim como os ramos estão ligados a videira, e como fazemos isso? Abraçando o Evangelho e assumindo verdadeiramente a identidade cristã, que ama o próximo e põe em prática as boas ações”.

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"É preciso permanecer no amor [Jesus] e amar o próximo". — Imagem: Andrea Rodrigues.

No pós-comunhão, um pequeno vídeo contou a trajetória do Lar e dois grupos de crianças atendidas pelo CCA dançaram, cada um deles uma música, em uma apresentação cheia de superação para cada uma delas. Dom Valdir, os padres, diáconos e seminaristas juntaram-se à assembleia para prestigiar o momento.

No encerramento, o padre Élcio fez um agradecimento emocionado, lembrando-se de tantos bons acontecimentos e dos desafios enfrentados para manter a obra.  Padre Claudionor também agradeceu a presença

A fundadora, Madre Maria José do Espírito Santo, ao lado da Madre Raquel Cristina Santana Canoas, também se emocionou ao recordar o pedido de Dom Emílio, a quem agradeceu diversas vezes, e se disse orgulhosa de toda a história que construíram. As Irmãs Carmelitas estão presente no Brasil ou no exterior, difundindo o amor e a caridade.

O Lar Jesus Maria José

No início de 1999, enquanto as Irmãs Carmelitas Mensageiras do Espírito Santo brilhavam com sua animação nas missas e catequeses da Paróquia Nossa Senhora da Providência, uma súbita e encantadora surpresa surgiu no horizonte. Dom Emílio Pignoli, o primeiro bispo da Diocese de Campo Limpo, aproximou-se delas com um pedido inesperado, envolto em uma aura de urgência e compaixão. Era uma obra social que clamava por ajuda, um refúgio para crianças necessitadas que ansiavam por cuidado e afeto.

Inicialmente, tal pedido parecia um desvio dos caminhos habituais do instituto, que primava pela evangelização em vez de assumir a responsabilidade direta por instituições. Porém, após uma profunda reflexão e uma visita emocionante à casa, localizada nos arredores de Embu das Artes, a fundadora, Madre Maria José do Espírito Santo, percebeu que aquilo não era apenas uma solicitação da Igreja, mas também uma manifestação da vontade divina. E assim, sem hesitar, aceitou o desafio.

A casa abrigava 43 meninos de diversas idades e três meninas, ainda em seus primeiros passos. Contudo, à medida que as semanas se transformavam em meses e as visitas se tornavam cada vez mais frequentes, ficou evidente que essas crianças necessitavam de algo mais do que simples cuidados materiais. Elas ansiavam por uma presença amorosa e acolhedora, capaz de resgatar a esperança e dar sentido à vida em meio às adversidades que as haviam levado até ali.

Foi então que o Instituto das Carmelitas assumiu a nobre missão de cuidar do Lar Jesus Maria José, um santuário de amor e proteção que transcendeu os limites do tempo e do espaço. Hoje, vinte cinco anos depois, mesmo não mais localizado em Embu, mas no Jardim Taboão, o Lar continua sendo um refúgio seguro para 140 meninos e meninas em busca de calor humano e compaixão.

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