Paróquia São José Operário: comunidade celebra investidura de ministros e seis anos da dedicação
Na noite da última segunda-feira, 16 de junho, a Paróquia São José Operário, na Vila Pirajussara, forania Campo Limpo, vestiu-se de festa. Mais do que os cantos que embalaram a assembleia, foi o espírito de comunhão que preencheu cada banco. A celebração comemorou o sexto aniversário da dedicação da igreja – um marco que abençoou o altar e os muros da comunidade. A noite também foi marcada pela investidura de novos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística, em um rito que carrega peso e beleza, responsabilidade e serviço.
A celebração foi presidida por Dom Valdir José de Castro, bispo diocesano, que voltou à paróquia quase dois anos após sua última visita, no Dia dos Pais. Concelebraram com ele o pároco, padre Francisco Glênio de Almeida, e o cerimoniário diocesano, padre Danilo Rodrigues.
Dom Valdir, em sua homilia, falou com simplicidade e profundidade, traçando pontes entre a mesa do altar e a mesa do lar. “Um dos melhores lugares da casa não é a cozinha? A mesa é sempre um lugar que atrai, e não só porque se senta para comer. É, sobretudo, pela partilha. E às vezes a gente não se dá conta disso. A partilha, o amor, a caridade – no templo ou em casa – devem ser os mesmos.” A imagem atravessou a assembleia como um sopro familiar e muitos se manifestaram concordando com o bispo.

Em seguida, teve início o rito de investidura e renovação dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. Antes da bênção e aspersão das vestes, Dom Valdir pediu ao pároco o testemunho sobre a preparação do grupo – uma formação conduzida pessoalmente por padre Glênio. “Gosto de pensar neste serviço como se cada um de vocês fosse uma ponte”, disse o bispo. “E de fato vocês têm esse papel: levar Jesus àqueles que não podem mais estar em comunidade, por diversos motivos. Levar Jesus, fazer ponte entre quem precisa de Jesus Eucarístico e a comunidade.”
A Paróquia São José Operário tem uma longa história. Fundada em 24 de fevereiro de 1969, é uma das mais antigas da Diocese de Campo Limpo. Contudo, a dedicação da igreja matriz aconteceu apenas em 2019, como parte das celebrações do jubileu de 50 anos. Além da matriz, a paróquia reúne as comunidades Santa Terezinha do Menino Jesus, no Jardim Helga, e Nossa Senhora das Graças, no Jardim Leônidas Moreira. Desde 2013, a paróquia está sob os cuidados pastorais do padre Francisco Glênio.
Muito mais que uma estrutura física, a São José Operário é casa viva: abriga há anos o Projeto Integra-Ação, iniciativa voltada à assistência psicanalítica, clínica e ao oferecimento de oficinas à população local. Ali, evangelização e promoção humana caminham juntas.
Ao final da missa, como nas boas festas de família, todos se reuniram para um lanche comunitário. Na simplicidade do alimento partilhado, prolongava-se o que já havia sido celebrado: a fé como sustento, a comunidade como corpo, o serviço como vocação. E ali, em volta da mesa, muitos dos presentes talvez tenham compreendido, com mais clareza, o que significa ser ponte – entre o altar e a vida.
