Paróquias da Diocese celebraram Jubileu de Ouro em fevereiro
A Diocese de Campo Limpo se alegrou com a celebração dos 50 anos de três de suas paróquias no dia 24 de fevereiro. Coincidentemente, duas grandes Igrejas dedicadas a São José Operário comemoraram 50 anos de atividades.

A Diocese de Campo Limpo se alegrou com a celebração dos 50 anos de três de suas paróquias no dia 24 de fevereiro. Coincidentemente, duas grandes Igrejas dedicadas a São José Operário comemoraram 50 anos de atividades.
A Paróquia São José Operário, forania Campo Limpo, celebrou às 9 da manhã uma grande missa festiva em celebração a abertura do seu ano Jubilar presidida pelo pároco Francisco Glênio de Almeida com a participação de toda a comunidade.
Em sua homilia o padre explicou a todos o que significa Jubileu e como a paróquia é convidada a vivenciá-lo : “Neste ano a paróquia está celebrando um ano diferente, o ano da alegria e também da misericórdia. É um ano para retribuir, perdoar e também um ano para se alegrar. Jesus quer que encontremos misericórdia. [...] Nosso espelho é nosso Deus e nosso Deus é misericórdia e não lei, nosso Deus é a paz e não a violência, nosso Deus é amor não intolerância, nosso Deus é acolhedor e não preconceituoso, o nosso Deus nunca empunhou arma, pelo contrário, o reino de Deus é o da unidade e da paz, nossa missão é ser misericórdia, neste ano Jubilar, mas também durante toda a vida”.
Uma exposição de pastorais ficou disponível no salão paroquial durante todo o final de semana e ao término da celebração um grande e comunitário café da manhã coroou a abertura das comemorações dos 50 anos que durará todo o ano de 2019 com diversas atividades. Além dos fogos de artifícios uma faixa indicando o ano do Jubileu foi hasteada e permanecerá na fachada da igreja até o final das comemorações.
Paróquia São José Operário/Forania Campo Limpo
A paróquia São José Operário, começou suas atividades muito antes de 1969, as primeiras atividades como capela datam de 1929. Não se sabe ao certo porque foi dedicada a São José Operário, uns dizem que foi pela devoção dos doadores do terreno, outros, alegam que foi uma homenagem aos operários que trabalharam na construção da igreja, o que se sabe mesmo, é que famílias das colônias italianas e portuguesas, que povoavam a região na década de 50, foram os responsáveis pela expansão e construção do templo como vemos hoje.
A Paróquia São José é uma das mais antigas da diocese, é formada além da matriz, pelas comunidades Santa Terezinha do Menino Jesus (Jardim Helga) e Nossa Senhora das Graças (Jardim Leônidas Moreira). Sua estrutura atual conta com 11 pastorais, sete movimentos e quatro serviços, totalizando a participação média de mais de mil pessoas residentes do território paroquial. Já passaram como pároco por lá Frei Joseph Xisto Teuber, Padre Eduardo Ramos, Padre Francisco Consorti, Padre Ezaques Tavares, Padre Adílson Ulprist e há quatro anos está a frente da paróquia padre Glênio.
A Paróquia São José Operário, Forania São Jose/Capão Redondo, celebrou com a igreja cheia, no último dia 24 de fevereiro o seu Jubileu de ouro, seus 50 anos de criação. A celebração contou com a participação de padres da região episcopal 1 e padres ‘filhos’ da paróquia, como Monsenhor Carlos Parede, padre Edson e Frei Leandro, o pároco Monsenhor João Batista, o vigário paroquial Nilson da Silva, além dos diáconos permanentes Divino Damasceno e João Bosco.
Paroquianos e membros das paróquias circunvizinhas lotaram a Igreja Matriz na celebração presidida pelo bispo diocesano Dom Luiz Antônio Guedes. No início da celebração o comentarista, padre Antônio Ferreira Gonçalves, - Vigário Foraneo -, mencionou datas e fatos importantes desde antes da criação da paróquia, dando um panorama dos 50 anos a todos os presentes.
Em sua homilia, Dom Luiz acolheu os presentes felicitando todos os membros pelo aniversário da paróquia e lembrou que, “a paróquia, é a casa onde as pessoas se reúnem em torno da sua fé” e que São José Operário, é também desde Maio de 2008 o padroeiro do Distrito do Capão Redondo, “temos muito o que louvar e com o coração cheio de alegria. É Deus que nos dá a oportunidade de celebrar mais essa graça como irmãos”, disse.
E aprofundando sua homilia disse ainda que de acordo com a segunda leitura, preparada especialmente para a comemoração do Jubileu, (1º Coríntios 9, 9-11.16-17), o Apóstolo Paulo vai dizer no final da carta aos Coríntios ‘vocês são o Santuário onde Deus mora’, e podemos dizer que o altar deste santuário é o coração de cada um de nós e o centro, a raiz do nosso ser, é Deus, que através do Batismo que nós recebemos, pela Crisma com que fomos consagrados e ainda mais efetivamente pela Palavra e pela Eucaristia que celebramos e recebemos, cada um de nós, é chamado a ser presença do Pai e ainda levar essa presença a cada uma das pessoas, hoje e sempre”.
Antes do momento do ofertório, representantes de todas as pastorais e movimentos, em um gesto de agradecimento ao santo padroeiro, adornaram um tronco de árvore com lírios brancos, formando ao final um lindo arranjo. Monsenhor João Batista agradeceu emocionado e lembrou que “todos são responsáveis por continuar escrevendo uma bela história paroquial”, e anunciou que ao final da missa haveria distribuição de bolo na praça em frente à igreja coroando assim o final de semana de comemorações.
Paróquia São José Operário/Forania São José-Capão Redondo
No dia 24 de fevereiro de 1969 nascia a paróquia São José Operário, forania Capão Redondo, desmembrada da paróquia nossa Senhora do Carmo e formada por gente humilde, muito trabalhadora. Seis anos antes, 16 famílias moradoras da região, sentiram a necessidade de ampliar a capela construída no loteamento que pertencia a um Coronel, o senhor Mário Rangel, que sem questionar, doou a arquidiocese de São Paulo o terreno onde estava à capela e mais um lote.
A pedra fundamental foi abençoada em 01 de Julho de 1967 pelo então Bispo auxiliar Dom Lafaiete. Foram dois anos de trabalho intenso para que o mais rápido possível, em 1969, o lugarejo que já crescia em população e comércio, tivesse uma paróquia no ‘centro’ do bairro.
Um mês depois de criada a paróquia, assumiu como pároco, padre Emílio Paternoster. Com muito trabalho e apoio dos fiéis construiu comunidades, ministrou milhares de sacramentos, abriu as portas da igreja para projetos sociais e permaneceu à frente da Paróquia São José Operário por 25 anos, até 1994. Até hoje é lembrado com carinho por grande parcela da população do Capão Redondo, faleceu em 2017.
Em Julho de 1994 assumiu a paróquia padre Eusébio Francisco e em 2003 assumiu esta grande família paroquial o padre João Batista de Carvalho, que além de continuar o bom trabalho já desenvolvido, implantou o jornal paroquial, o projeto missão permanente, novos movimentos, mais horários para a santa missa, reformas e muitas melhorias. O Santuário é um referencial no bairro e o ano pré-jubileu foi um tempo especial para todos os paroquianos, primeiro, para recordar as graças que Deus realizou ao logo da história e, ao mesmo tempo, tomar consciência do caminho que ainda é preciso percorrer.
Outra paróquia que celebrou seus 50 anos de criação foi a Nossa Senhora de Fátima, Forania São Luiz/Capão Redondo, na manhã do dia 24 de fevereiro, numa celebração cheia de emoção e presidida pelo Bispo Diocesano Dom Luiz Antônio Guedes. Desmembrada, em 24 de fevereiro de 1969, da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, esta parte do povo de Deus possui, contando a comunidade matriz, seis comunidades: São Francisco de Assis (1973), São Roque (1978), Santa Rita e São João (1978), São Sebastião (1979), Nossa Senhora da Penha (1981). Todo o território paroquial se reuniu em torno do altar da Igreja Matriz para render graças a Deus pelo Jubileu.
Logo no início da celebração com lenços em punho, que foram confeccionados especialmente para a festa, ao som do canto de entrada todos acolheram os padres presentes e o bispo diocesano que ao iniciar a Santa Missa parabenizou a toda a comunidade pela especial dedicação e pelo Jubileu, “Quero saudar a todos aqui presentes, aos padres, ao pároco e vigário e dizer que é uma grande alegria celebrar esta grande festa para esta comunidade”.
Em sua homilia Dom Luiz recordou que a comunidade, desde antes da criação da paróquia, contou com a presença dos Missionários do Verbo Divino: “Eles que vão a muitos lugares do mundo anunciar a boa nova permanecem convoco” e completou “Estamos reunidos aqui para louvar e bendizer a Deus por tudo aquilo que esses 50 anos proporcionaram na evangelização desta comunidade e também para agradecer todo o bem que a comunidade missionária fez e faz aqui”.
E continuou sua catequese: “É nas paróquias que acontecem à vivência da fé, da esperança e da caridade, por isso eu gostaria de chamar a atenção para a segunda leitura, da primeira carta de São Paulo aos Coríntios, onde ele chama a comunidade de lavoura de Deus, dizendo que aquela comunidade é a construção de Deus que nasce pela adesão Jesus Cristo por meio do sacramento do batismo [..] Somos todos santuários de Deus e a partir disso devemos ter um profundo respeito e amor por cada um dos membros desta família, da comunidade paroquial. É preciso lembrar, na Igreja o mais importante é o amor.”
E encerrando sua homilia frisou: “O amor é a única exigência que Deus faz ao ser humano para poder entrar na sua gloria, para usufruir da salvação que ele prepara para todos”.
No final da Celebração um almoço no salão paroquial com música ao vivo animou ainda mais os presentes.
Paróquia Nossa Senhora de Fátima/Forania São Luiz-Capão Redondo
Bem antes de 1969, no início da década de 50 os cristãos da região se reuniam para rezar em uma gruta dedicada a Nossa Senhora Aparecida, que estava instalada onde hoje está localizado o Centro Catequético. Já naquela época os frequentadores e muitos moradores da região faziam contribuição em dinheiro, em um cofre dentro da gruta, pensando na construção de uma futura capela.
As negociações para a compra do terreno onde hoje está instalada a matriz não foram fáceis, foram anos até que houvesse dinheiro suficiente e muita oração para que os lotes desejados fossem vendidos. Na época um senhor chamado Joaquim, viajou a Portugal e trouxe uma imagem de Nossa Senhora de Fátima. Como as negociações da compra dos lotes não avançavam, muitos pediram a intercessão da Santa e atribuem a ela a mudança quase que imediata dos donos dos lotes em aceitar a venda.
A paróquia foi então dedicada a Nossa Senhora de Fátima, e para Nossa Senhora Aparecida construíram uma gruta que precisou depois de algum tempo ser fechada por ter a água contaminada. Na década de 90 uma nova gruta foi construída, é mantida até hoje e a imagem recolocada no lugar.