Na quinta-feira, 27 de março, na Catedral Sagrada Família, Dom Valdir, bispo diocesano, presidiu a missa do Crisma, conhecida também como a ‘Missa dos Santos Óleos’. A celebração aconteceu às 10 horas da manhã e contou com a presença do bispo emérito, Dom Luiz Antônio Guedes. Dom Emílio Pignoli, primeiro bispo da diocese e também emérito, não compareceu. Já em idade avançada, 91 anos, teve uma indisposição.
Na Diocese de Campo Limpo é costume que o clero se reúna duas horas antes da missa para um café da manhã que é organizado pela Cúria Diocesana como forma de celebrar o dia em que o sacerdócio foi instituído. Este ano, mais de 160 padres compareceram no café e renovaram os votos sacerdotais na missa.
Dom Valdir, logo no início, agradeceu a presença de todos, inclusive dos irmãos leigos e leigas, e ressaltou que no dia em que se renovam as promessas sacerdotais, a significativa presença dos padres se torna ainda mais importante.
Na missa, que também é chamada ‘da Unidade’, os sacerdotes se reúnem com o seu bispo para renovar as promessas sacerdotais que foram proferidas no dia da ordenação sacerdotal. Eles reafirmam o compromisso de servir o Povo de Deus, em conformidade com o ministério que foi outorgado por Jesus Cristo, que fez deles sacerdotes para Deus Pai.
Durante a homilia, o bispo diocesano pediu licença para dirigir-se especialmente aos padres e destacou a importância deste dia, ressaltando três missões próprias dos padres, nas quais os leigos também participam, enfatizando que estas não devem ser esquecidas no ministério.
“Ouvimos no Evangelho que Jesus é consagrado, ungido para anunciar a Boa Notícia. Jesus é consagrado para sair em missão, ungido para estar no meio do povo, próximo dos pobres, doentes, necessitados. Olhando para Jesus, gostaria de destacar três ensinamentos, que Ele mesmo nos dá: ter intimidade, proximidade com Ele; Sermos próximos, enquanto irmãos de presbitério, estarmos unidos uns ao outros; e proximidade com o povo, conhecer as nossas ovelhas, não apenas aquelas que vão à Igreja, mas aqueles que estão no território, necessitados de pão, atenção e amor”, destacou o bispo.
E continuou: “Para transmitir Jesus, é preciso estar intimamente ligado a Ele, quanto mais próximos estivermos, mais entenderemos como agir. Depois, somos ungidos para anunciar o Evangelho com a vida, testemunhando Jesus. Somos chamados a ser próximos e mais que isto, precisamos ser os primeiros a testemunhar o perdão e a misericórdia. Como está a nossa proximidade com os irmãos do sacerdócio? É preciso dar testemunho de comunhão, de unidade na diversidade. E ainda, olhando para Jesus, como nosso principal modelo, estamos próximos do nosso povo? Estamos servindo o nosso povo como deveríamos? Conhecemos, de fato, as realidades que circundam as nossas realidades? É preciso estar atento, aberto e em saída. Como ser uma Igreja missionária se não tenho um olhar atento às urgências pastorais que circundam a minha comunidade?”.
Concluiu enfatizando que não se consagraram para as paredes ou para uma construção, mas sim para servir.
Santos óleos
Depois da renovação das promessas sacerdotais, o rito da bênção dos santos óleos teve início e o momento pôde ser acompanhado ao vivo pela transmissão nos canais diocesanos das redes sociais.
A Missa do Crisma é uma celebração em que o bispo abençoa os óleos dos Catecúmenos e dos Enfermos e consagra o Santo Óleo do Crisma, que serão usados pelos próximos meses do ano litúrgico.
Em uma belíssima procissão, as ânforas com os óleos foram entronizadas na catedral pelos seminaristas diocesanos e apresentados ao bispo. O óleo santo consiste em uma mistura de azeite extra-virgem comum e essências de perfumes.
Antes de proferir as orações, Dom Valdir destacou: “Nós vamos abençoar o óleo do Catecúmenos e dos Enfermos e consagrar o óleo do Crisma, que simbolizam a força e a presença de Deus em nossa vida e de todos aqueles que vão receber os sacramentos”.
Páscoa da Ressurreição
A liturgia eucarística, a partir da bênção e consagração dos óleos, ocorreu como de costume e, no encerramento da celebração, Dom Valdir pediu aos fiéis presentes que vivessem o Tríduo Pascal, “não como mais um, mas como o primeiro”.
