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Nova Capela da Ressurreição é inaugurada no Cemitério Gethsêmani

Nova Capela traz a nova vida, a partir da Ressurreição, como conceito geral

 |  Redação  |  Diocese
Imagens: Carlos Henrique Teixeira

Nova Capela traz a nova vida, a partir da Ressurreição, como conceito geral

Na comemoração de finados, 2 de novembro, o Cemitério Gethsêmani, localizado no Morumbi, inaugurou a nova Capela da Ressurreição.

Dom Luiz Antônio Guedes presidiu a Santa Missa durante a qual aconteceu a benção da nova Capela. De acordo com a administração do Cemitério, “não se trata da reforma da antiga Capela, mas de uma nova Capela que foi edificada no mesmo local, agora muito mais ampla do que a anterior”.

A Capela da Ressurreição faz parte do projeto que a nova administração do Cemitério tem levado a cabo nos últimos anos, trazendo inúmeras melhorias ao local. O Cemitério Gethsêmani tem sido considerado um dos melhores cemitérios do Brasil a partir de tais mudanças e serviços oferecidos.

Um dos grandes destaques da nova Capela é o painel localizado no presbitério, pintado pelo artista Lúcio Américo de Almeida, de Jundiai (SP). O projeto da Capela foi realizado de maneira conjunto por Heberth Teixeira, arquiteto da Cúria Diocesana, pelo engenheiro Paulo, pelo administrador Nilson, pelo monsenhor Aguinaldo, ecônomo e administrador diocesano e pelo Pe. Élcio Barros, pároco da Paróquia São Pedro Fourier e designer de interiores. O conceito central do projeto foi, tal como o nome da Capela, a Ressurreição. 

Abaixo, a explicação conceitual da pintura do Lúcio Américo e, em seguida, da Capela, pelo Pe. Élcio Barros.

 Painel central

Tem como texto base Jo 11,25 "Eu sou a Ressurreição e a Vida". O Cristo ressuscitado vem ao nosso encontro, nos mostra as marcas de seu ato salvífico e nos revela a vida eterna dos filhos de Deus. Ele é o sol nascente que nos veio visitar (Lc 1, 67-69), por isso do círculo dourado ao fundo, Ele é o próprio resplendor de Deus que em sua misericórdia vem ao nosso encontro, ao encontro de nossa dor. Nos oferece seu dom mais precioso, seu coração aberto, do sangue a água que dele brotam nos tornamos filho no Filho, somos, assim, participantes da vida divina que o próprio Cristo nos veio revelar.

Quando participamos de sua morte, nosso batismo (as águas que se espalham por toda a parede) faz a vida ganhar um sentido novo e original.

Nisso está nossa alegria, é algo que brota como ramos de videira. Estando unidos a Ele, fazemos parte dessa vida e geramos frutos, pois Ele é a videira verdadeira (Jo 15, 1-5)

Para o oratório de Nossa Senhora Aparecida, em conjunto com os vitrais dos anjos, temos a proposta do apocalipse. As doze estrelas, a mulher revestida de sol (Ap 12) e o Espírito Santo que veio sobre ela em Lucas 1,35.

Abaixo a tradição da oração da Ave Maria no que concerne ao tema da capela. "Agora e na hora de nossa morte" ela não como um fim, mas sempre uma transformação.

Conceito da Capela

A concepção geral foi trazer em tudo a Ressurreição, a ampliação do espaço interno da Capela, os vidros transparentes que integram os espaços externos e internos nos remete que após a morte vem a “nova vida” a Ressurreição que não é algo obscuro, escondido pois Cristo nos mostrou o ‘caminho’ para esta ‘verdade’, esta ‘vida’ eterna.

Reaproveitamos os vitrais existentes em respeito e admiração pela história daquele lugar, recolocados em novos lugares.

Uma porta ao fundo ao lado do presbitério e sacrário além de dar acesso a outro espaço importante serve de rota de fuga, ventilação e trânsito.

A nova sacristia tem a opção de entrada e saída do celebrante por dentro ou fora da capela.

Quem entra no cemitério vê não uma capela fúnebre, mas a Capela da Ressurreição, a Casa do Ressuscitado; mais do que tudo é um convite à oração, a contemplação, a recuperar as forças, a rever conceitos e entender o verdadeiro sentido da vida.

O Cristo Ressuscitado no painel está como o “Círio Pascal mergulhado na água batismal”, ali nesta capela iremos dar um “até logo” aos nossos irmãos no presbitério e a outros que muitos amamos, com lágrimas nos olhos, mas com fé na Ressurreição.

Pe. Élcio Barros