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Cáritas Campo Limpo

Cáritas Campo Limpo celebra 35 anos com emoção, memória e gratidão

Na quadra na sede da Cáritas, cheia de rostos marcados pelo serviço e esperança, missa presidida por dom Valdir recorda que “amar é o que dá sentido à vida”.
 |  Andrea Rodrigues  |  Diocese

Na manhã desta sexta-feira, 6 de junho, a quadra da sede da Cáritas Campo Limpo se transformou em espaço sagrado de memória e gratidão. A entidade que há 35 anos traduz o amor em ação social celebrou seu aniversário com a Santa Missa em ação de graças, presidida pelo bispo diocesano de Campo Limpo dom Valdir José de Castro, ssp.

A Cáritas nasceu no dia 5 de junho de 1989, apenas um ano e um dia após a instalação da Diocese de Campo Limpo, pelas mãos de dom Emílio Pignoli. O gesto do bispo fundador, ao instituí-la como organismo oficial da ação caritativa da diocese, não foi apenas administrativo — foi profético. Três décadas e meia depois, a intuição pastoral se confirma em números e histórias: são 48 unidades de educação e 33 de assistência social, totalizando mais de 11 mil atendimentos diários a crianças, jovens, adultos e idosos em situação de vulnerabilidade.

Mais de 300 pessoas participaram da celebração: agentes Cáritas, voluntários, parceiros, representantes de prefeituras e de paróquias com projetos vinculados à entidade. Na acolhida inicial, o atual presidente da Cáritas, padre Hercílio Pessoa, deu o tom afetivo do encontro: “Hoje celebramos uma história que tem rosto, que tem nome. Cada pessoa aqui é parte dessa construção coletiva”.

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Dom Valdir, logo no início da celebração, aproximou os presentes do sentido mais profundo da palavra que dá nome à instituição. “Cáritas é uma palavra que significa amor. Sem amor, diz São Paulo, ‘nada sou’. Essa é a mensagem que a Cáritas carrega: só o amor salva e dá sentido à vida.”

Durante a homilia, o bispo aprofundou a espiritualidade do serviço social como expressão de fé:
“Caritas não é somente uma instituição. É uma filosofia de vida, um estilo de vida iluminado pelo amor. Amor oblativo, amor que se doa, amor que serve. Não basta fazer o bem — é preciso amar. O diferencial de nós, batizados, padres e leigos, é que partimos do Deus-Amor. E como diz São Paulo: ‘ainda que eu reparta todos os meus bens, se não tiver amor, nada disso adianta’.”

Para dom Valdir, cada projeto nascido sob o guarda-chuva da Cáritas é uma “faísca do amor que nasce de Deus”. Ele lembrou que a inspiração de dom Emílio ao criar a instituição era justamente essa: “fazer o bem, sim, mas também revelar o amor — o amor que vem de Deus”. E concluiu com um apelo: “É preciso muito amor para servir. Amor que une na diversidade de serviços e dons, e que conduz a uma organização transparente e sustentável”.

Na celebração, a Cáritas também recebeu Votos de Júbilo e Congratulações da Câmara Municipal de São Paulo. Representantes do legislativo estiveram presentes e entregaram uma placa simbólica, reconhecendo publicamente o impacto social da instituição na cidade e na região metropolitana.

Antes da bênção final, padre Hercílio voltou a tomar a palavra. Agradeceu, emocionado, aos colaboradores e reafirmou o compromisso da Cáritas com a dignidade humana. E como toda boa comemoração exige bolo, agentes da sede entraram com um bolo de aniversário. Ao som uníssono do “Parabéns pra você”, os aplausos selaram o momento com a simplicidade de quem sabe que amar, servir e celebrar são verbos da mesma oração.

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Após a missa, todos os presentes foram convidados para um café da manhã farto e acolhedor — gesto que, como tudo na Cáritas, fala mais alto do que mil palavras: aqui, o amor se traduz na prática, todos os dias.