Dom Maurício da Silva Jardim
Dom Maurício da Silva Jardim, atual presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, compartilha sua visão missionária.
Eleito durante a 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em abril de 2023, Dom Maurício da Silva Jardim, bispo de Rondonópolis-Guiratinga (MT), assume a presidência desta Comissão com uma trajetória marcada por sua dedicação à evangelização e à missão, Dom Maurício, natural de Sapucaia do Sul (RS), traz uma vasta experiência como pároco, missionário e formador. Ordenado presbítero em 1999, ele já atuou em missões no Brasil e na África, além de ter sido diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) e coordenador continental das POM.
Com formação em Filosofia, Teologia, Psicopedagogia e uma especialização em Missiologia, Dom Maurício se destaca pelo seu compromisso com a missão evangelizadora da Igreja. Nomeado bispo em 2022 pelo Papa Francisco, ele agora tem a missão de fortalecer a ação missionária e a cooperação entre as Igrejas no Brasil e no mundo. Em entrevista exclusiva, Dom Maurício reflete sobre os desafios da missão no contexto atual e compartilha sua visão de uma Igreja em saída, voltada para o serviço e a evangelização.
O senhor está como presidente da comissão da Ação Missionária desde quando?
Assumi a presidência da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) durante a assembleia realizada em abril de 2023. Essa presidência terá a duração de quatro anos, até 2027, e na próxima assembleia, em abril de 2025, irei completar dois anos no cargo. Fui ordenado bispo em agosto de 2022 e assumi a Diocese de Rondonópolis–Guiratinga (MT) em outubro do mesmo ano. Minha primeira participação na assembleia como bispo foi justamente quando fui eleito para esta comissão.
Durante a eleição, na sessão do dia 25 de abril, quando fui convidado pelo presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, para assumir essa responsabilidade, aceitei prontamente, inspirado pelas palavras do Papa Francisco na Evangelii Gaudium, onde ele afirma que a missão é uma paixão por Jesus Cristo e pelo povo. Por essa paixão, respondi: "Eu aceito!"
O que é ser um missionário na Igreja e no mundo de hoje?
Ser missionário vai muito além de simplesmente cumprir tarefas. A missão é parte essencial da natureza da Igreja e de cada batizado. Não se trata apenas de atividades pontuais, mas, como trabalhamos em nossa campanha missionária, a vida é missão. Não são algumas horas do dia dedicadas à missão, mas a vida inteira se torna missão. Ser missionário é um chamado para todos os batizados, que devem viver sua missão no mundo a todo momento, 24 horas por dia. É uma vocação que nasce da nossa essência, que vem do batismo, e da própria natureza missionária da Igreja.
Como a Igreja no Brasil vem desenvolvendo ações missionárias? Como o senhor vê a realidade missionária na Igreja do Brasil?
Acredito que a Igreja no Brasil tem crescido na consciência missionária. Historicamente, recebemos muitos missionários e missionárias de outros países, mas agora precisamos fortalecer ainda mais essa consciência de envio missionário, especialmente para os projetos das Igrejas irmãs e para as missões ad gentes (voltadas a povos que ainda não receberam o Evangelho). Hoje, a palavra "missão" é bastante comum em nosso vocabulário, e falamos muito sobre ela. No entanto, acredito que, na prática, nossas comunidades, paróquias e dioceses ainda têm um longo caminho a percorrer no que diz respeito à cooperação e à ação missionária. Há muito potencial para avançarmos nesse aspecto.
Internamente, também na Diocese?
A missão na Igreja tem três âmbitos principais. O primeiro é a pastoral ordinária, que já fazemos, como a catequese e a liturgia, voltada para os católicos que já participam ativamente da comunidade. O segundo âmbito é a missão voltada para os batizados que, por algum motivo, não participam mais da comunidade. É uma missão que busca alcançar aqueles que estão fora do ambiente eclesial, na sociedade, e chamamos este âmbito de nova evangelização, voltada para os católicos afastados. O terceiro âmbito é direcionado àqueles que ainda não foram batizados ou que não conhecem Jesus. Essa é a missão em seu sentido universal, uma missão sem fronteiras. Hoje, de cada dez pessoas no mundo, três ouviram falar de Jesus e dizem cristãs. Temos um longo desafio pela frente.
Acredito que, no âmbito da pastoral ordinária, já realizamos muitas ações, mas nos ambientes para além da estrutura paroquial, no campo da nova evangelização, temos menos iniciativas. E no que diz respeito à missão ad gentes, a missão universal, ainda temos um caminho a percorrer, pois é uma área em que nossas ações são menores. Há muito espaço para crescimento da consciência missionária, tanto no nível paroquial, quanto na diocese e na abertura para missão universal.
O senhor acha que essa postura se deve a um desconhecimento das pessoas deste tipo de missão?
Sim, talvez o que falte é o entendimento de que cada batizado deve se sentir missionário. Muitas vezes, quando falamos em missionários, pensamos imediatamente em padres, freiras ou em pessoas que vêm de fora do país, ou até mesmo em brasileiros que saem em missões para outros lugares. No entanto, os missionários não se restringem apenas a esses grupos. Quando cada católico batizado começar a perceber que também é um missionário, atuando no lugar onde está, essa consciência missionária irá crescer. É fundamental que todos entendam que sua missão é parte de sua identidade cristã.
O senhor já disse algumas vezes que acredita na “transformação missionária da Igreja”, em que consiste essa transformação, o que deve ser transformado?
A transformação missionária da Igreja está diretamente relacionada à conversão pastoral, um conceito que o documento de Aparecida enfatiza. A conversão pastoral é, essencialmente, a missionariedade. Quando analisamos os três âmbitos da missão, percebemos que a pastoral paroquial precisa desse movimento de saída. Essa transformação ocorre quando conseguimos ir além da pastoral ordinária e avançar para uma pastoral mais de fronteira, uma pastoral em saída. Para mim, isso representa a verdadeira conversão da pastoral: quando ela se torna mais missionária.
Ao falar de paróquia, também me refiro às comunidades, às pastorais, aos movimentos e a todos os organismos presentes na paróquia. Todos são chamados a essa conversão, a não ficarem apenas dando voltas em torno de si mesmos, mas a serem agentes de saída.
“Igreja em saída”, termo utilizado pelo Papa Francisco na Evangelii Gaudium, é uma marca de seu pontificado. O que é este conceito e como ele está ligado à missionariedade?
O conceito de "Igreja em saída" é uma expressão que o Papa Francisco utiliza para resumir a identidade da Igreja. Por sua natureza, a Igreja possui um "DNA" missionário. Se a Igreja não se coloca em saída, ela está ferindo sua própria essência, que é ser missionária. É por isso que o Papa enfatiza tanto essa ideia: uma Igreja que se desacomoda, que sai da zona de conforto, que deixa de olhar apenas para si mesma e vai ao encontro do outro.
E para onde essa saída deve ir? Existem várias saídas. Cada batizado deve sair de si mesmo, abandonando uma pastoral que apenas dá voltas em torno de si e, assim, se abrir para uma missão sem fronteiras, universal. Por isso, o paradigma da missão é a ad gentes, um conceito que abrange todos os povos. Esse é o horizonte que devemos ter para a missão universal, pois ela anima nossas pequenas ações missionárias, se conseguirmos manter esse foco em nossas iniciativas.
O senhor foi missionário em Moçambique. O que essa experiência o legou como religioso e como cristão?
Primeiro dizer que sou missionário desde o meu batismo [risos] e, em 2008, participei de um projeto missionário do Regional Sul 3 da CNBB, onde atuei como padre durante três anos e meio. Muitas pessoas me questionavam: “Você é padre diocesano, por que sair de Porto Alegre para ir à África, especificamente a Moçambique, se há tantas ações missionárias aqui?” Essa dúvida é comum, mas o segredo está na compreensão de que uma Igreja missionária não deve se fechar em si mesma. Uma diocese não pode se isolar.
O documento de Puebla afirma que é necessário dar de nossa pobreza. Quando uma Igreja envia alguém, toda a Igreja se torna missionária. Minha experiência em Moçambique foi, sem dúvida, uma das mais enriquecedoras da minha vida. Viver a missão lá foi como um aprendizado contínuo. Eu precisei aprender a língua local, já que cerca de cinquenta por cento das pessoas não falam português, apesar de ser a língua oficial. Aprendi a língua Mackua, para poder presidir a minha primeira missa, depois de três meses em Moçambique.
Essa experiência me ensinou muito sobre o papel do missionário, que dá e recebe, e sobre a importância de se adaptar ao novo contexto. Tive que aprender a língua, a cultura e a realidade da Igreja local, que é profundamente ministerial. Atendia140 comunidades, muitas das quais não tinham missa há cinco anos, devido à distância. A realidade naquela Igreja local é bastante diferente da nossa: as missas duravam cerca de quatro horas, pois incluíam celebrações dos sacramentos como batismo e matrimônio.
Em Moçambique, não existe a expressão “católicos não praticantes”. Todos os católicos são ativos e engajados nas suas comunidades, o que gera um forte senso de pertencimento. É importante ressaltar que o missionário enviado para evangelizar, é também evangelizado. Ele se enriquece com a cultura do outro e com o estilo de Igreja que encontra. Por isso, o envio de missionários é tão importante: todos ganham e todos recebem, incluindo a Igreja que envia e o missionário que é enviado.
O senhor ficou lá quanto tempo?
Três anos e meio. De 2008 a 2012, janeiro de 2012.
Quando voltou, o senhor ficou um tempo por aqui e em 2014 recebeu uma nomeação para as Pontifícias Obras Missionárias, como que foi isso?
Após retornar, voltei para minha diocese de origem, em Porto Alegre. Dom Jaime Spengler, atual presidente da CNBB, na época meu arcebispo e me enviou para uma paróquia, onde atuei como pároco por quatro anos. Depois desse período, ele me pediu para ajudar no seminário. Apenas três meses após minha chegada ao seminário, recebi a nomeação vinda de Roma, do Dicastério para a Evangelização, para ser o novo diretor das Pontifícias Obras Missionárias. Em 2016, assumi essa função e, assim, me mudei de Porto Alegre para Brasília, onde permaneci por seis anos na direção das POM.
E como é essa articulação das POM com as Dioceses do Brasil?
As Pontifícias Obras Missionárias (POM) são um organismo vinculado à Santa Sé, especificamente ao Dicastério para a Evangelização. Sua principal missão com as dioceses é despertar o espírito missionário universal em cada Igreja local, lembrando que essas comunidades são missionárias não apenas para dentro de seus próprios limites, mas também para além deles. É por isso que existe as POM.
Esse trabalho é realizado por meio de quatro obras: a Infância Missionária, a União Missionária, a Propagação da Fé e a Obra de São Pedro Apóstolo, que, vale ressaltar, não está presente no Brasil. Todas essas iniciativas têm o carisma da missão ad gentes, promovendo uma visão universal da evangelização.
Na mensagem para o 98º Dia Mundial das Missões, o Papa escolheu como tema um trecho do Evangelho de São Mateus que pede para “ir e convidai a todos para o banquete”. Qual a relação do tema com a missão?
A mensagem do 98º Dia Mundial das Missões é dividida em três partes. A primeira parte é "ide e convidai", que contém os dois verbos centrais. A segunda parte é "a todos", e a terceira é "para o banquete". Na primeira parte, "ide e convidai", já temos a essência da missão: ser uma Igreja em saída. O "ide" de Jesus é um verbo no imperativo, um mandato, e o Papa Francisco destaca isso, enfatizando a importância de fazer o convite.
Esse trecho é inspirado na parábola de Mateus, onde Jesus convida todos a participar do banquete, que representa o Reino de Deus, um banquete de comunhão. Essa participação não é restrita a um grupo seleto; a palavra "todos" é fundamental. O convite para participar do Reino de Deus é dirigido a todas as pessoas, sem distinção. O Papa repete "todos, todos, todos" para reforçar a dificuldade de compreender esse conceito que nem é excluído do banquete do Reino de Deus.
No contexto pastoral e paroquial, o convite não é para alguns apenas. Os fariseus pensavam dessa forma. A salvação é para todos, inclusive para os gentios e pagãos. Paulo, por exemplo, levou essa mensagem ao mundo pagão. Assim, a mensagem do Papa Francisco se baseia nos dois verbos centrais: "ir" e "convidar", que expressam o núcleo da missão. Ele desenvolve uma reflexão muito bonita sobre esses verbos, e vale a pena ler a mensagem na íntegra.
É feita também no mês de outubro a coleta das missões, o senhor poderia explicar um pouco como essa oferta é aplicada aos projetos missionários?
No penúltimo final de semana de outubro, é feita essa coleta missionária em todas as Igrejas do mundo. Primeiramente, é importante destacar que se trata de uma coleta pontifícia. Existem outras coletas que são nacionais, mas essa é pontifícia porque é promovida pelo Papa e tem caráter universal. Todo o valor arrecadado é enviado integralmente para as Pontifícias Obras Missionárias (POM); nenhuma parte fica na paróquia, na diocese ou no regional. Das contribuições, 80% são destinados a um fundo mundial de solidariedade, enquanto 20% são reservados para a animação missionária e para a administração nacional.
Na assembleia geral, realizada em maio, Roma avalia, aprova e destina os recursos para projetos nos cinco continentes. Os destinatários devem prestar contas sobre o uso do dinheiro recebido, justificando-o com documentos e testemunhos de gratidão. As POM colaboram com 1.118 dioceses carentes que dependem do Dicastério para a Evangelização, sendo Igrejas jovens localizadas em territórios de missão.
Aqui no Brasil, os 20% são utilizados, em parte, para produzir o material da campanha, que é enviado às dioceses gratuitamente. Outra parte ajuda as missões em diversos regionais, e uma parte é destinada à formação, enviando recursos para o Centro Cultural Missionário (CCM). Além disso, 11% são utilizados pelas POM para suas ações missionárias ao longo do ano. Porém, a maior parte do valor arrecadado mantém o fundo mundial de solidariedade.
Que recomendações práticas o senhor daria para uma pessoa ter iniciativas missionárias dentro de seu próprio ambiente? Um professor, uma mãe, um estudante, entre outros?
O primeiro desafio é que a pessoa se entenda como missionária. A missão não se resume apenas a fazer coisas, como promover encontros ou visitas; isso é parte do que fazemos, mas a missão é mais abrangente. Se cada batizado entender que é uma missão de Deus neste mundo e que está aqui para ser um cooperador de Deus, ele vai buscar viver isso dentro de casa, na família, e na sociedade, como profissional, onde quer que esteja.
Por isso, é importante frisar que a missão não deve ser vista como uma ação isolada do nosso dia a dia. A expressão “eu vou lá fazer missão” não é mais adequada, pois pode dar a impressão de que a missão é apenas uma parte da vida que se encerra quando voltamos para casa. Se cada pessoa compreender que suas dificuldades e sofrimentos também fazem parte da missão — seja no trabalho, na família, ou em qualquer outro aspecto da vida — isso envolve todos nós na missionariedade.
O testemunho é fundamental. O tema da campanha missionária traz o lema: “Com a força do Espírito, testemunha de Cristo”. Reconhecer que o protagonismo é do Espírito Santo é essencial; é Ele quem nos envia e nos provoca, e é Ele que nos dá a palavra certa, ou, às vezes, até o silêncio. A missão acontece em qualquer atividade que a pessoa desenvolva. Há muitas pessoas que não podem participar de visitações porque estão trabalhando; não podemos exigir que elas estejam na linha de frente das atividades da paróquia. Para essas pessoas, a ação missionária pode estar presente em seu local de trabalho.
Por fim, é importante lembrar que a missão está intimamente relacionada ao ser e é muito mais eficaz pelo testemunho do que apenas pela palavra. Anunciar Jesus Cristo é importante, mas é essencial que isso se reflita na vida de cada um.
Atualmente há muitos católicos batizados, porém distantes das comunidades, os chamados “católicos não-praticantes”? Eles também são destinatários da missão? Como alcançá-los?
Não usamos mais a palavra "destinatárias", mas sim "interlocutores". Por quê? Porque, no encontro que fazemos com o outro — seja durante a visitação ou em outra interação — nos tornamos um canal para o que o outro, muitas vezes afastado, precisa receber. Às vezes, isso se traduz em uma escuta atenta. O missionário precisa saber ouvir e também receber o que o outro tem a dizer.
Essa mudança de perspectiva é fundamental. Quando vamos ao encontro do outro, precisamos estar abertos para receber. Muitas vezes, vejo pessoas durante visitas missionárias já com a Bíblia na mão, prontas para ler um texto bíblico, sem antes perguntar como a pessoa está. Muitas vezes, o outro deseja compartilhar suas experiências e desafios, mas, em nossa mente, o vemos apenas como destinatário de nossa missão.
A nossa compreensão é que cada pessoa é um interlocutor, pois ela também é um sujeito ativo nesse diálogo. Aqui entra a teologia: o Espírito Santo nos precede na missão. Quando visitamos uma casa, o Espírito Santo já está lá há muito tempo. A missão não começa conosco, nem com a nossa chegada, e não termina com a nossa saída.
Que mensagem o senhor teria para as lideranças envolvidas na animação missionária diocesana?
A ação evangelizadora diocesana é tarefa de todos os batizados. Gostaria de incentivar que a Diocese tenha bem organizado o Conselho Missionário Diocesano, o COMIDI. Não é uma tarefa fácil, mas o COMIDI é um meio de reunir as forças vivas e missionárias da diocese. Através da formação e ações, recorda que a Igreja é missionária por natureza. O Conselho Missionário Diocesano e o conselho missionário paroquial desempenham papéis fundamentais de animação missionária.
O COMIDI tem uma dupla função: despertar a consciência missionária para dentro, mas também direcionar esforços para fora. Além disso, é essencial reconhecer que toda pastoral, todo movimento e toda comunidade são chamados a ser missionários. A missão não é uma tarefa exclusiva de especialistas. Como diz o Papa, a missão é para todos os católicos batizados. Portanto, todos nós devemos nos sentir missionários e não delegar essa responsabilidade a outros.
É importante ter o COMIDI, mas não devemos pensar que a missão se restringe apenas a ele, assim como a caridade não se limita à Cáritas. A missão é uma tarefa de toda a Igreja. Quero enfatizar que a Igreja de Campo Limpo é, por sua própria natureza, uma Igreja em missão. Ela é chamada a compartilhar sua pobreza com outras Igrejas, por meio do projeto "Igrejas Irmãs". Assim, que a Igreja de Campo Limpo é chamada a desenvolver um projeto missionário para ajudar outras Igrejas no Brasil ou fora, que estejam mais necessitadas, seja em recursos e pessoas. Toda a Igreja é chamada a viver a "Igreja em Saída".